quinta-feira, 5 de abril de 2012

Você usa algum mecanismo de defesa?



Os mais frequentes são os cinco descritos aqui:

1 – Por meio da COMPENSAÇÃO vamos para o outro extremo afim de evitar cair com o rosto no chão. Freud chamava esse processo de formação reativa. Por exemplo: procuramos esconder nossas incertezas fazendo de conta que “sabemos tudo”.
O menininho que “assobia no escuro” enquanto atravessa o cemitério de noite.

2 – Por meio do DESLOCAMENTO construímos um devio psicológico, um caminho ou saída alternativa para os impulsos que não podemos liberar diretamente. Por exemplo:
não posso manifestar minha hostilidade contra o chefe que acho detestável e por isso vou a um jogo de futebol e grito “Matem o Juiz!”

3 – Por meio da PROJEÇÃO livramo-nos espertamente das qualidades indesejáveis que temos, atribuindo essas coisas repugnantes a outra pessoa ou coisa. Por exemplo: Adão acusou Eva e Eva acusou a serpente. Ou atribuímos a má qualidade de nosso trabalho à má qualidade das ferramentas.

4 – Por meio da INTROJEÇÃO reivindicamos para nós as boas qualidades ou feitos dos outros, participando indiretamente de suas realizações e aquecendo-nos ao sol de sua glória. Em outra forma de introjeção, imaginamo-nos vítimas heróicas de uma perseguição.

5 – Por meio da RACIONALIZAÇÃO encontramos bons motivos para justificar o que basicamente sabemos que está errado.
Quando roubo, imagino que sou Robin Hood roubando dos ricos (eles) para dar aos pobres (eu).

Todos esses processos são impedimentos para uma boa comunicação porque, de algum modo, escodem nossa pessoa e nossa vulnerabilidade. São barreiras à autenticidade.

Transcrito do livro de John Powell
Roberto Machado

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