sábado, 9 de março de 2013

Alexandre - Chorão

“CHORÃO SABIA QUE PRECISAVA DE DEUS”, DIZ RODOLFO ABRANTES

Vocalista do Charlie Brown Jr foi evangelizado e podia ter sido muito usado.

Alexandre Magno Abrão, 42, mais conhecido como Chorão, o vocalista da banda Charlie Brown Jr foi encontrado morto na quarta-feira (6). A suspeita maior é que a causa da morte foi abuso de drogas.

Rodolfo Abrantes, ex-vocalista dos Raimundos, e hoje missionário e músico evangélico conta que eles eram a amigos e conta que o evangelizou em 2003. Eles estavam em um show em Belo Horizonte, com Charlie Brown e Rodox, antiga banda de Rodolfo. “No camarim ele chegou para mim, puxou numa cadeira, distante de outras pessoas, e falou: “Conta como foi a parada”. É interessante, porque ontem mesmo eu recebi uma foto dessa conversa. Eu contei como foi a minha experiência com Deus. Achava fantástico isso no Chorão: ele estava ouvindo, absorvendo, não me julgou. Dava pra ver que percebeu a diferença na minha vida e queria saber o que estava acontecendo”, lembra.
Curiosamente, em doze músicas compostas por ele para o Charlie Brown Jr, Deus é citado diretamente. O músico morto costumava dizer que gostava de “trocar uma ideia com Deus”, como lembra a faixa bônus do disco “Preço curto, prazo longo”, de 1999. Em “O Lado Certo da Vida Errada”, decretou “Sou cantor, eu sou bondade, eu sou guerreiro, eu sou o irmão /O dom que Deus me deu eu dedico a vocês”.

Rodolfo conta que Alexandre “não tinha nenhuma rejeição à coisa de Deus. Só não se sentia confortável com religião… Existia uma sede dele de algo mais, existia uma consciência de que o que ele precisava era Deus”. E ele vai além, acredita que Chorão poderia ter sido muito usado para evangelizar “Deus deu dons para as pessoas. Ele tinha o dom da palavra. O que o Chorão falava a galera seguia. As pessoas estavam muito perto dele. Todo mundo vibrava, as músicas eram cantadas em coro. Se tivesse experiências com Deus ele levaria muita gente para Cristo”.

O músico morto teve oportunidades de ouvir sobre Jesus de outras pessoas. Renato “Pelado”, que foi baterista do Charlie Brown e hoje também é músico evangélico, era muito amigo de Chorão. Pelado hoje é membro na Bola de Neve, ex-igreja de Rodolfo.

Perguntado por que não foi ao velório, Rodolfo conta que está em uma cruzada evangelística em João Pessoa. A última vez que se viram pessoalmente foi em 2007 e que não há mais nada a fazer. 
“Eu gostaria de olhar nos olhos do Chorão e falar alguma coisa que tocasse o coração dele. Infelizmente eu não posso mais”, lamenta.
Rodolfo deixa um recado final: “Os fãs do Charlie Brown têm uma maneira muito sadia e muito nobre de honrarem a história do Chorão: fazendo escolhas que os levem para perto de Deus, para a parte da luz. As pessoas podem honrar a morte dele, em memórias, se fizerem escolhas boas, que edifiquem. E vivam”. 

Com informações de G1

Fonte: Gospel Prime
http://www.gospelprime.com.br/

Entrevista de Rodolfo ao G1: 
http://g1.globo.com/sao-paulo/musica/noticia/2013/03/chorao-sabia-que-precisava-de-deus-diz-rodolfo-ex-raimundos.html
“CHORÃO SABIA QUE PRECISAVA DE DEUS”, DIZ RODOLFO ABRANTES

Vocalista do Charlie Brown Jr foi evangelizado e podia ter sido muito usado.

Alexandre Magno Abrão, 42, mais conhecido como Chorão, o vocalista da banda Charlie Brown Jr foi encontrado morto na quarta-feira (6). A suspeita maior é que a causa da morte foi abuso de drogas.

Rodolfo Abrantes, ex-vocalista dos Raimundos, e hoje missionário e músico evangélico conta que eles eram a amigos e conta que o evangelizou em 2003. Eles estavam em um show em Belo Horizonte, com Charlie Brown e Rodox, antiga banda de Rodolfo. “No camarim ele chegou para mim, puxou numa cadeira, distante de outras pessoas, e falou: “Conta como foi a parada”. É interessante, porque ontem mesmo eu recebi uma foto dessa conversa. Eu contei como foi a minha experiência com Deus. Achava fantástico isso no Chorão: ele estava ouvindo, absorvendo, não me julgou. Dava pra ver que percebeu a diferença na minha vida e queria saber o que estava acontecendo”, lembra.
Curiosamente, em doze músicas compostas por ele para o Charlie Brown Jr, Deus é citado diretamente. O músico morto costumava dizer que gostava de “trocar uma ideia com Deus”, como lembra a faixa bônus do disco “Preço curto, prazo longo”, de 1999. Em “O Lado Certo da Vida Errada”, decretou “Sou cantor, eu sou bondade, eu sou guerreiro, eu sou o irmão /O dom que Deus me deu eu dedico a vocês”.

Rodolfo conta que Alexandre “não tinha nenhuma rejeição à coisa de Deus. Só não se sentia confortável com religião… Existia uma sede dele de algo mais, existia uma consciência de que o que ele precisava era Deus”. E ele vai além, acredita que Chorão poderia ter sido muito usado para evangelizar “Deus deu dons para as pessoas. Ele tinha o dom da palavra. O que o Chorão falava a galera seguia. As pessoas estavam muito perto dele. Todo mundo vibrava, as músicas eram cantadas em coro. Se tivesse experiências com Deus ele levaria muita gente para Cristo”.

O músico morto teve oportunidades de ouvir sobre Jesus de outras pessoas. Renato “Pelado”, que foi baterista do Charlie Brown e hoje também é músico evangélico, era muito amigo de Chorão. Pelado hoje é membro na Bola de Neve, ex-igreja de Rodolfo.

Perguntado por que não foi ao velório, Rodolfo conta que está em uma cruzada evangelística em João Pessoa. A última vez que se viram pessoalmente foi em 2007 e que não há mais nada a fazer.
“Eu gostaria de olhar nos olhos do Chorão e falar alguma coisa que tocasse o coração dele. Infelizmente eu não posso mais”, lamenta.
Rodolfo deixa um recado final: “Os fãs do Charlie Brown têm uma maneira muito sadia e muito nobre de honrarem a história do Chorão: fazendo escolhas que os levem para perto de Deus, para a parte da luz. As pessoas podem honrar a morte dele, em memórias, se fizerem escolhas boas, que edifiquem. E vivam”.

Com informações de G1

Fonte: Gospel Prime
http://www.gospelprime.com.br/

Entrevista de Rodolfo ao G1:
http://g1.globo.com/sao-paulo/musica/noticia/2013/03/chorao-sabia-que-precisava-de-deus-diz-rodolfo-ex-raimundos.html


Em 2005, entrei na Igreja de Boissucanga para pregar, quando na porta me apresentaram um visitante ilustre, parecia muito à vontade por conhecer já algumas pessoas ali, e disse: "vim à convite de um amigo de muitos anos", depois do seja bem vindo, começamos o culto. Naquele dia, enrolei na bateria, Catalau,  Denise e Leandro completaram a banda no louvor. Em Igrejas menores quem vai pela primeira vez, se apresenta, ele disse: "sou o Alexandre". Durante as músicas, ele cantou, bateu palma, com um sorriso inocente e uma alegria de criança, ele acompanhou a letra no projetor: "a alegria está no coração de quem já conhece a Jesus, a verdadeira paz só tem aquele já conhece a Jesus; o sentimento mais precioso, que vem do nosso Senhor, é o amor que só tem quem já conhece a Jesus". 

Depois do louvor, ele inquieto, veio se despedir: "valeu, Pastor, gostei, mas vou indo nessa"... Me lembro de ter dito: "vai não, veio para o culto e vai embora na hora da palavra? fica aí mais meia horinha, senta aí..." Ele disse: é mesmo!" E eu: "lógico"... Ele sentou e ouviu uma pregação sobre a fé de Tomé, sobre como Tomé teve que lidar com o fato de não ter crido, enquanto todos os outros creram na ressurreição de Jesus; sobre como termos de  lidar com o sentimento de frustação por termos falhado com Deus, conosco e decepcionado aqueles que nos amam, pois, todos esperavam que Tomé tivesse a resposta certa nos lábios. Um sermão que lembrou que a fé de Tomé foi restaurada num encontro com um Jesus pessoal, que não o julgou, que sabia que sua natureza o levava a ser desconfiado; um Jesus que se revelou como vivo, tirando as dúvidas de Tomé, o permitindo tocar as feridas em suas mãos atravessadas por cravos, por amor a nós. Que amor paciente; Jesus sabia que Tomé precisava ver para crer. 
No fim da pregação ele levantou, saiu e disse para o Igor: "ainda não estou pronto, mas vou chegar lá..."

Dois anos depois, citibankhall lotado, era a gravação do primeiro DVD da Igreja, e na mesma noite um cd ao vivo do Rodolfo. Glauco e Tarobinha, amigos do Alexandre, o conduziram a mais uma reunião em que o nome de Jesus estaria envolvido. Entre uma banda e outra, agradeci a presença dele, foi quando ele percebeu que era amado ali também, entre pessoas que priorizavam sua espiritualidade. Falei um pouco sobre a importância da adoração e de usarmos nossos dons e talentos para glória dele. Ao orarmos, me lembro dele de pé, com a mão direita levantada, entre muitas pessoas, convidando Jesus para habitar em seu coração. Quando voltei à galeria, o encontrei quebrantado e o escutei dizer:"pastor, da primeira vez, no litoral, estava com os dois pés atrás, hoje com os dois na frente... Estava me sentindo uma formiga, depois de receber  o carinho do povo, estou me sentindo um elefante." Me lembro de ter dito:"você  é amado", ele continuou:"dá parabéns para sua esposa, lembro dela de Santos, as músicas dela me tocaram"... E ainda: "tô chegando pastor, minha fé hoje é viva..." Depois de um tempo, ele nos avisou que havia feito uma música com base no que viveu naquela noite, era o lançamento de "Só os loucos sabem". 

Ele não encontrou forças para iniciar um processo de regeneração, não desenvolveu essa fé naquela noite explícita, não houve tempo para que ela provocasse a mudança que talvez 
o tivesse feito viver experiências diferentes das que viveu, mas conheci um cara de bom coração , autêntico, verdadeiro, sincero, que simplesmente creu. E não é a fé que nos justifica? O que nos afasta de Deus é nossa natureza, a fé nos aproxima. Por mais justos que sejamos, Deus só nos recebe por aquilo que Jesus fez, isso é graça... Me lembrei de uma história bonita, de um ladrão, condenado a morte de cruz, que na última hora clamou por Jesus e ouviu: "ainda hoje estarás comigo no paraíso".

Oro pela Graziela, que não tive ainda oportunidade de conhecer, por seu filho, sua mãe e seus irmãos e familiares. Perdi meu pai há 10 meses e sei o que é um luto, oro para que Deus os console da mesma forma que têm me consolado. 

Ap. Rina
Em 2005, entrei na Igreja de Boissucanga para pregar, quando na porta me apresentaram um visitante ilustre, parecia muito à vontade por conhecer já algumas pessoas ali, e disse: "vim à convite de um amigo de muitos anos", depois do seja bem vindo, começamos o culto. Naquele dia, enrolei na bateria, Catalau, Denise e Leandro completaram a banda no louvor. Em Igrejas menores quem vai pela primeira vez, se apresenta, ele disse: "sou o Alexandre". Durante as músicas, ele cantou, bateu palma, com um sorriso inocente e uma alegria de criança, ele acompanhou a letra no projetor: "a alegria está no coração de quem já conhece a Jesus, a verdadeira paz só tem aquele já conhece a Jesus; o sentimento mais precioso, que vem do nosso Senhor, é o amor que só tem quem já conhece a Jesus".

Depois do louvor, ele inquieto, veio se despedir: "valeu, Pastor, gostei, mas vou indo nessa"... Me lembro de ter dito: "vai não, veio para o culto e vai embora na hora da palavra? fica aí mais meia horinha, senta aí..." Ele disse: é mesmo!" E eu: "lógico"... Ele sentou e ouviu uma pregação sobre a fé de Tomé, sobre como Tomé teve que lidar com o fato de não ter crido, enquanto todos os outros creram na ressurreição de Jesus; sobre como termos de lidar com o sentimento de frustação por termos falhado com Deus, conosco e decepcionado aqueles que nos amam, pois, todos esperavam que Tomé tivesse a resposta certa nos lábios. Um sermão que lembrou que a fé de Tomé foi restaurada num encontro com um Jesus pessoal, que não o julgou, que sabia que sua natureza o levava a ser desconfiado; um Jesus que se revelou como vivo, tirando as dúvidas de Tomé, o permitindo tocar as feridas em suas mãos atravessadas por cravos, por amor a nós. Que amor paciente; Jesus sabia que Tomé precisava ver para crer.
No fim da pregação ele levantou, saiu e disse para o Igor: "ainda não estou pronto, mas vou chegar lá..."

Dois anos depois, citibankhall lotado, era a gravação do primeiro DVD da Igreja, e na mesma noite um cd ao vivo do Rodolfo. Glauco e Tarobinha, amigos do Alexandre, o conduziram a mais uma reunião em que o nome de Jesus estaria envolvido. Entre uma banda e outra, agradeci a presença dele, foi quando ele percebeu que era amado ali também, entre pessoas que priorizavam sua espiritualidade. Falei um pouco sobre a importância da adoração e de usarmos nossos dons e talentos para glória dele. Ao orarmos, me lembro dele de pé, com a mão direita levantada, entre muitas pessoas, convidando Jesus para habitar em seu coração. Quando voltei à galeria, o encontrei quebrantado e o escutei dizer:"pastor, da primeira vez, no litoral, estava com os dois pés atrás, hoje com os dois na frente... Estava me sentindo uma formiga, depois de receber o carinho do povo, estou me sentindo um elefante." Me lembro de ter dito:"você é amado", ele continuou:"dá parabéns para sua esposa, lembro dela de Santos, as músicas dela me tocaram"... E ainda: "tô chegando pastor, minha fé hoje é viva..." Depois de um tempo, ele nos avisou que havia feito uma música com base no que viveu naquela noite, era o lançamento de "Só os loucos sabem".

Ele não encontrou forças para iniciar um processo de regeneração, não desenvolveu essa fé naquela noite explícita, não houve tempo para que ela provocasse a mudança que talvez
o tivesse feito viver experiências diferentes das que viveu, mas conheci um cara de bom coração , autêntico, verdadeiro, sincero, que simplesmente creu. E não é a fé que nos justifica? O que nos afasta de Deus é nossa natureza, a fé nos aproxima. Por mais justos que sejamos, Deus só nos recebe por aquilo que Jesus fez, isso é graça... Me lembrei de uma história bonita, de um ladrão, condenado a morte de cruz, que na última hora clamou por Jesus e ouviu: "ainda hoje estarás comigo no paraíso".

Oro pela Graziela, que não tive ainda oportunidade de conhecer, por seu filho, sua mãe e seus irmãos e familiares. Perdi meu pai há 10 meses e sei o que é um luto, oro para que Deus os console da mesma forma que têm me consolado.

Ap. Rina